Desde o surgimento da Internet é sabido que a indústria da comunicação, mais especificamente as emissoras de televisão e os jornais, deveriam se reinventar para sobreviver. Passadas algumas décadas e o que vimos? Sequências de fracassos. Mas será que esta briga está perdida? Se depender dos atuais gestores, sim.
Grandes grupos como as organizações Globo, Abril, e outros, não conseguiram até o momento se adaptar a realidade. Abordagens como Paywall (adotado por jornais digitais, restringindo parte do conteúdo para pagantes) e outras tentativas não obtiveram êxito. O costume das empresas de comunicação nacionais de copiar soluções internacionais está apenas replicando os erros globais.
A grande massa está deixando de ter interesse nos conteúdos produzidos devido as limitações impostas por seus produtores. Quem atualmente tem paciência para aguardar um programa que só passa em um horário específico de um determinado dia quando podem encontrar outros conteúdos disponíveis a qualquer momento em seu celular, tablet, computador ou smart TV?
Um dos principais erros destas empresas é não seguir o fluxo, querendo combater iniciativas como o YouTube. Celebridades recentes como Kéfera conseguem atrair 7.086.131 assinantes, enquanto empresas como a Globo só conseguiram ao longo de anos 213.831 assinantes.
Enquanto as empresas não aprenderem a monetizar seu conteúdo independente da plataforma certamente o futuro será bem nebuloso. Continuaremos a ver sequências de demissões a cada ano. O modelo de programação fixa, com horários e dias engessados, comerciais particionando o conteúdo e conteúdo mal planejado está morto.
Existem provas de conceito que abrem várias possibilidades de reinvenção para produtores de conteúdo audiovisual. A tecnologia a cada dia abre um novo caminho. No momento que estes gestores adotarem uma postura de vanguarda, com inovação como comportamento padrão, veremos a luz no fim do túnel.