Recentemente estive envolvido com um projeto para reorganizar uma empresa. Dentre as atividades necessárias, mapear qualidades e defeitos da equipe atual e planejar próximos passos como contratações, demissões, etc. Neste processo procurei opiniões de profissionais de minha confiança sobre direcionamentos de recursos humanos. Eis que uma dessas pessoas me contou um caso interessante, que por acaso vai de encontro de como gerencio minha vida profissional.
“Liguei para um candidato sobre uma nova oportunidade. Era uma promoção de seu cargo atual, e ele tinha as habilidades e qualificações corretas.
Desculpe, mas não estou interessado, ele disse educadamente.
Pressionei-o até que ele disse algo que realmente me confundiu. Ele me disse “já cheguei ao topo”.
Eu estava familiarizado com sua empresa atual e olhei para o CV novamente.
Ele não estava perto do topo. Ele precisaria de binóculos para ver o topo. Ele ainda não era nem um gerente.
Ele me explicou que chegar ao topo, para ele, significava que ele adorava o trabalho que fazia todos os dias, gostava da empresa que trabalhava, era tratado sempre justamente e com respeito por seus companheiros de trabalho, ganhava o suficiente para se sentir confortável, tinha flexibilidade e, o mais importante para ele, nunca perdeu um único jogo de futebol, jogo escolar, reuniões de pais e mestres, aniversário ou qualquer evento familiar.
Ele sabia o que significava o próximo passo em sua carreira. Menos tempo livre, mais viagens e sacrifícios que não valiam a pena diante de seus objetivos.”
A definição de chegar ao topo é individual. Não se deixe levar por um “guru do RH” ou a definição da sociedade.