Tempos de crise trazem junto demissões. E, em um mercado abalado, novas oportunidades de postos de trabalho em empresas surgem com menor velocidade. Neste cenário é comum o pensamento: vou abrir meu negócio! Agora será mesmo que esta é a melhor alternativa?
Existem dois tipos de empreendedorismo: aquele buscado por necessidade e o motivado por oportunidade. Empreendedores por necessidade são aqueles que iniciaram um empreendimento autônomo por não possuírem melhores opções para o trabalho e precisam abrir um negócio a fim de gerar renda para si e suas famílias.
Já os empreendedores por oportunidade optam por iniciar um novo negócio, mesmo quando possuem alternativas de emprego. Em sua maioria têm níveis de capacitação e escolaridade mais altos e empreendem para aumentar sua renda ou pelo desejo de independência.
Enquanto o empreendedorismo por necessidade está mais suscetível à conjuntura econômica dos países e tende a diminuir quando a oferta de emprego é maior, o empreendedorismo por oportunidade tem maiores chance de sucesso e tem um forte impacto sobre o crescimento econômico de um país.
Dados do Global Entrepreneurship Monitor (http://www.gemconsortium.org/) indicam que países com maior desenvolvimento econômico possuem a razão entre oportunidade e necessidade é superior à dos demais. Na Islândia, por exemplo, para cada empreendedor por necessidade há outros 11,2 por oportunidade. Já países com menor desenvolvimento econômico apresentam razões menores entre os empreendedores por oportunidade e necessidade.
Entre os empreendedores por oportunidade, pesquisas recentes apontam que 43% o fizeram pela busca de maior independência e liberdade na vida profissional; 35,2% pelo aumento da renda pessoal; 18,5% apenas para a manutenção de sua renda pessoal, enquanto 3,3% citaram outros motivos. Agrupando os dois primeiros perfis, 78,2% vislumbram uma oportunidade de aprimorar a vida com o negócio que estão abrindo.
Falando dos empreendedores por necessidade, a taxa de mortandade de empresas nessa linha chega quase a 90% no primeiro ano. Ser expert em um segmento não significa sucesso empresarial. Gerir um negócio é muito mais complexo que muitos pensam.
Como consultor de negócios vejo muitos casos de ótimos técnicos em seu segmento porém péssimos empresários. Acontece que raramente esses futuros empresários contratam um consultor para validar sua ideia, seu modelo de negócios e sua capacidade para empreender. Além disso infelizmente o governo Brasileiro em nada ajuda o empreendedor. Alta carga tributária e burocracia entre as maiores e piores do mundo. O somatório destes fatores fazem com que novas empresas encerrem atividades antes do primeiro ano de existência.
Então, em que perfil se encaixa?
Pensando em empreender? Entre em contato comigo pelo e-mail contato@renanviegas.com.br.
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